Olá amigos e leitores do meu blog, finalmente após algum tempo estou novamente escrevendo.
Esse post era pra ter sido escrito há um mês, vocês entenderão no final do post porque só agora eu estou contando como foi essa aventura épica.
Como disse em um dos meus primeiros posts, nasci, cresci e resido até hoje na pacata cidade de São Bento do Sapucaí, a cidade da famosa Pedra do Baú. O que poucos sabem é que eu nunca tinha visitado a tal e isso me chateava um pouco, por ser sambentista, estar aos pés da pedra diariamente e nunca ter subido, quando muita gente vem de longe, até de outros países pra isso...
Eis que surgiu o desafio de subir a Pedra só que fazer todo o percurso do centro da cidade até lá de bicicleta.
Veja bem, o Complexo Rochoso da Pedra do Baú é formado por três pedras: Bauzinho, Pedra do Baú (também chamada de bauzão) e Ana Chata. O pico da Pedra do Baú, que é a mais alta delas, tem 1950 metros de altura, já dá pra imaginar o quanto suei a camiseta! (mas calma, não se anime tanto, eu não subi no bauzão! haha)
Nós saímos do centro, mais precisamente da frente da casa do Emílio às 4:15 - aproximadamente - do dia 20 de março, cada qual com suas bicicletas e mochilas, assim começava a nossa odisséia. Eu era o único que não tinha ido, consequentemente era o único que não conhecia o trajeto mas já imaginava que seria extremamente cansativo. E pra piorar a situação não estava - e ainda não estou - nem um pouco em forma, portanto com certeza quem sentiu mais fui eu. A foto abaixo foi tirada quando nós não estavamos nem no começo do trajeto praticamente e eu já estava quase tão vermelho quanto à minha camiseta...
Por experiência própria, há algumas dicas que você deve seguir à risca caso queira cometer essa loucura aventurar-se como nós:
#1 - durma bastante na véspera;
#2 - leve água, muita água;
#3 - não olhe pra cima nas subidas, você vai se desanimar pois elas parecem nunca terminar;
#4 - leve agasalho, nós enfrentamos cerração e garoa;
#5 - a cada vez que um de seus amigos disser "essa é a última curva fechada" ou "essa é a última subida extremamente íngreme" acrescente 5 curvas fechadas ou 5 subidas, né Alan?
#6 - faça a barba antes de ir, caso contrário você ouvirá piadinhas do tipo "a barba que ta te atrapalhando" ou "é a barba que ta pesando". Isso acontece principalmente se seu irmão mala for também, né Juninho? (Se você for mulher desconsidere essa dica, a não ser que você tenha bigode, você deve se envergonhar caso isso seja afirmativo!)
Brincadeiras à parte, eu recomendo a todos que nunca estiveram lá em cima que abracem a primeira oportunidade que tiverem de o fazer.
Quando você chega no estacionamento, faz a pequena trilha e sobre no Bauzinho, você nem lembra mais do quanto você andou, você não sente dores, não se sente cansado, o que você sente é paz interior, um contato muito forte com a natureza e isso não tem valor!
Logo que chegamos, resolvemos fazer um vídeo, você confere ele abaixo:
Repare no que eu digo em 1min e 17seg, guarde essa frase!
Na volta, todos bem cansados mas animados por causa das inúmeras descidas que nos esperam, mas eu não contava com uma coisa...
"(...) vale... uma vez na vida, outra na morte!"
É, meus caros! Essa frase me assustou muito na volta!
Estávamos descendo embora, já tinha andado bastante mas ainda estava longe do centro da cidade, quando o freio da minha bicicleta começa a falhar, em descidas muito íngremes. Consegui controlar a bicicleta por algum tempo, mas havia uma pedra no meio do caminho, no meio do caminho havia uma pedra curva de cotovelo no caminho e perdi o controle, transformei a curva numa reta e caí um tombasso! Foi desesperador.
Coitado do Alan, que me viu caindo e saiu correndo desesperado pra avisar meu irmão e Emílio, que já estavam bem na frente.
Se eu disser que eu tive sorte, estarei enganando a mim mesmo, porque sabemos que não foi sorte, com certeza foi Deus! Nem contarei detalhes do lugar onde caí, mas coisas muito ruins poderiam ter acontecido comigo nesse dia, meu anjo da guarda foi promovido, com certeza! haha
Logo que caí e o susto passou, percebi que algo tinha acontecido no meu ombro, não doía muito, mas se eu tentasse mexer não conseguia, mas estava consciente e de certa forma tranquilo. Ainda mais porque passaram alguns turistas e um morador do local e ficaram comigo até que a ambulância chegasse.
No hospital, tirei raio-x e o problema foi revelado: quebrei a clavícula esquerda.
E é por causa disso que ainda não tinha escrito esse post, há alguns dias ainda não conseguia (e não podia) digitar com as duas mãos, mas agora estou bem melhor, ainda sem movimentar muito o braço e o ombro esquerdo mas já não sinto dores e logo logo estarei 100% e pronto pra próxima.
Falando em próxima, com certeza quero voltar lá, maaaaaaaaaaaaaas desta vez de carro, por favor! hehe
Obrigado por ler e se for possível deixe seu comentário! Até o próximo post.