quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Uma excelente notícia para os sambentistas!

O baralho e a história por trás das cartas Q, J e K

Há algumas semanas eu li uma matéria na Revista Superinteressante sobre as cartas do baralho, você já reparou que as "pessoas" das cartas de figura (damas, valetes e reis) são diferentes? Não?! Pois é, eu também não! 
Várias delas são ligadas a Carlos VII, rei da França entre 1422 e 1461, época em que as cartas foram criadas, além das ligadas a ele, temos pessoas da bíblia e personagens fictícios.

Como nem todos assinam ou compram a revista, mostrar-lhes-ei!


Bom, primeiro às damas! Não consegui achar figuras iguais de um baralho decente e a preguiça bateu, não vou escanear as cartas do meu baralho.. Mas as damas são parecidas, se você pegar todas as cartas de um baralho só. Vejamos:



Judith Da Baviera
Nora de Carlos Magno, era casada com Luis I "O Piedoso", mãe de Carlos II "O Calvo", rei da França e Imperador do Sacro Império Romano-Germânico. Conta-se que ela conspirou para que o filho assumisse o trono, portanto para amenizar a fama de conspiradora é a rainha de "corações".

 

Raquel
A dama de ouros é da Bíblia, ninguém mais, ninguem menos que a esposa preferida do patriarca Jacó, celebrada por sua beleza. Mas, dizem as más línguas que na verdade ela representa Agnès Sorel (1421-1450), amante favorita de Carlos VII


Atena
Figura da Mitologia Grega, era a deusa da guerra e da sabedoria. O punhal é uma homenagem à Joana d'Arc, que lutou na Guerra dos Cem Anos, entre Inglaterra e França, responsável indireta pela devolução, por assim dizer, do trono francês à Carlos VII.


Maria de Anjou
Rainha da França, era casada com Carlos VII. Mais um indício de que o marido a traía: Enquanto a suposta Agnès Sorel ficou com o naipe de Ouro, sua mulher ficou com um naipe qualquer, de pouco ou nenhum valor. E se ela fosse viva ainda hoje, não gostaria nada de jogar no google imagens: "Dama de paus" e ver que tem outro significado pra essa expressão! Se bem que no truco ela seria a manilha mais forte, caso virasse um 7... whatever!



Agora vamos aos valetes, perceba que as mudanças já são mais notáveis!


Étienne de Vignolles
Cavaleiro francês mais conhecido como La Hire (do francês antigo  A Ira) que lutou ao lado de Joana d'Arc na Guerra dos Cem Anos, sua figura possui uma pena que simboliza sua aposentadoria como burocrata de Carlos VII.



Heitor
Príncipe de Tróia do poema épico de Homero, Ilíada. A espada para baixo representa sua derrota em um duelo contra o grego Aquiles. Após matá-lo, Aquiles, não obstante, amarrou seu corpo numa biga e o arrastou em torno da muralha de Tróia, num modo cruel de vingar a morte de seu primo Pátroclo, morto por Heitor.

Ogier
Cavaleiro dinamarquês fictício. De acordo com poemas épicos medievais, ele teve um filho que foi morto por Charlot, filho de Carlos Magno. Procurando vingança, ele mata Charlot e tenta matar Carlos Magno, mas é impedido. Após sete anos de tentativas frustradas, Ogier faz as pazes com ele para lutar ao seu lado contra os sarracenos, batalha esta em que ele mata o gigante Brehus. O que vemos em sua mão é o cabo de uma espada, escondida pelo seu corpo.


Lancelot
Sir Lancelot, um destaque entre os muitos cavaleiros da távola redonda do Rei Arthur, era o mais valoroso cavaleiro e o mais habilidoso domador de cavalos do reino de Camelot. Repare que ele traz consigo uma lança estilizada e seu escudo, também era campeão nas justas.

Agora é a vez dos peixes grandes...



Carlos Magno
Um dos heróis da Idade Média, seus exércitos impediram a conquista muçulmana da Europa. É o único rei que possui a espada levantada e o único sem bigode, ainda que ele cultivasse o seu.



Júlio César
Ditador e cônsul de Roma, famoso pelas conquistas e pela morte a facadas coletivas. Tem um machado, símbolo do Exército Romano e aparece de perfil, assim como a figura de César ilustrava as moedas.


Rei Davi
Rei de Israel, personagem bíblico, ficou conhecido por matar o gigante Golias com uma funda, uma atiradeira de pedras antiga. Apesar de sua arma não ser essa, ele empunha uma espada na carta.


Alexandre, O Grande
Alexandre III, da Macedônia conquistou o maior império da Antiguidade, que ia da Grécia à Índia, em reconhecimento à isso, ele traz um símbolo de conquistador na mão direita. Era perito na arte da guerra e muito sábio, pois foi educado por Aristóteles, desde sua infância.



Agora, a informação mais confusa e cuja explicação desconheço: O baralho que conhecemos possui as figuras e os naipes franceses, mas usamos seus nomes espanhóis. Ao invés de ouros, espadas, copas e paus, se seguíssimos os francos, o correto seria diamantes, pás, corações e trevos. E para misturar só mais um pouquinho, pra virar um baralho franco-hispânico-americano, as letras das cartas de figuras são do inglês, K de king, J de Jack e Q de Queen.

Bom, não sei pra vocês, mas pra mim o truco, a cacheta, o buraco, o poker, enfim, nunca mais serão os mesmos! haha

Abraços e obrigado por ler! Deixe seu comentário no final do post, eu agradeço e muito por isso!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O Conto Milenar do Pavão e do Urubu

Meu pai, não sei onde ele arruma isso mas, tem vários contos "milenares" que ele costuma guardar e as vezes eu acho uns interessantes, outros engraçados, que é o caso desse, portanto passarei a transcrevê-los para cá ;D

Este é o Conto Milenar Japonês do Pavão e do Urubu




Em uma planície, viviam um Urubu e um Pavão. Certo dia, o Pavão refletiu:
-Sou a ave mais bonita do mundo animal, tenho uma plumagem colorida e exuberante, porém nem voar eu posso, de modo a mostrar minha beleza. Feliz é o Urubu que é livre para voar para onde o vento o levar.
 



O Urubu, por sua vez, também refletia no alto de uma árvore:
- Que infeliz ave sou eu, a mais feia de todo o reino animal e ainda tenho que voar e ser visto por todos, quem me dera ser belo e vistoso tal qual aquele Pavão.
Foi quando ambas as aves tiveram uma brilhante idéia em comum e se juntaram para discorrer sobre ela: cruzar-se seria ótimo para ambos, gerando um descendente que voasse como o Urubu e tivesse a graciosidade de um Pavão...
 
Então cruzaram... e daí nasceu o peru:
 
 QUE É FEIO BAGARAI E NÃO VOA!!!

Moral da história: "Se tá ruim, nem vem com 'gambiarra' que só piora!"

(500) Days of Summer

Ontem assisti o filme (500) Dias Com Ela, fazia tempo que eu não assistia uma comédia romântica tão interessante! Interessante porque não é a mesma coisa de sempre, e a mudança já se vê pela nota do autor, o que se lê é: "Isso não é uma história de amor".

O filme conta a história de amor fail entre Tom (Joseph Gordon-Levitt, de "10 Coisas Que eu Odeio em Você" e "A Origem"), um escritor de cartões comemorativos que formou-se em arquitetura mas não seguiu carreira e Summer (Zooey Deschanel de "Sim, Senhor!") a suposta garota dos sonhos de Tom, que começa a trabalhar na mesma empresa que ele. Depois de levar um fora de Summer, (calma, isso é o começo do filme) Tom fica sem rumo e começa a relembrar vários momentos dos 500 dias que passou com ela para tentar entender o que os levou ao fim. 
É interessante também a maneira como a história é contada, não é em ordem crescente, os dias vão variando, numa cena você está no dia 1, de repente você está no dia 300 e depois volta ao dia 23. E no final você entende a história como se não fosse uma ordem totalmente bagunçada, é coisa de gênio!

ATENÇÃO: SE VOCÊ SE INTERESSOU PELO FILME E DESEJA ASSISTÍ-LO, NÃO LEIA OS PRÓXIMOS PARÁGRAFOS, SPOILERS MASTERS [DETECTED]

Tom Hansen é um cara que vive à procura incesante pelo amor da sua vida, já estava quase sem esperanças por causa das tentativas sem sucesso quando Summer, a nova assistente de seu chefe aparece em sua vida. Destino. É o que ele pensou, só pode ser destino. Os pais de Summer se separaram quando ela tinha apenas 8 anos de idade, então ela só amava duas coisas na vida, uma era o seu cabelo, a outra era a facilidade como ela o cortava. 
Então Tom tenta conquistar Summer, que por sua vez não quer nada sério e só amizade. Mas água mole em pedra dura... Depois de algumas investidas, num belo dia de trabalho, Summer e Tom estão na sala de fotocópia e então ela o beija.
Amasso vai, amasso vem, cineminha, andam de mãos dadas e os dois se vêem em uma situação totalmente estranha, desconhecida e indefinida, pelo menos para Summer.
Ele não aceita que Summer não o leve a sério e diga apenas sentir amizade por ele afinal, como o próprio diz, "Amigos não fazem esse tipo de coisa".
Os problemas aparecem, eles se desentendem e se afastam. A nova assistente do chefe de Tom agora é uma mulher nem um pouco atraente para ele, que se demite, após um discurso sobre o quão errado era o que eles faziam naquela empresa, faziam as pessoas se calarem, não falarem o que realmente tinham pra falar. É claro que foi um pouco exagerado, advindo do estado de espírito de Tom naquele momento.
Tom então reencontra Summer num trem, coincidentemente eles iam à mesma festa. Summer age como se nada de errado estivesse acontecido com os dois, o que cria ilusões na cabeça confusa de Tom. Eles se divertem na festa, até dançam juntos e ela o convida para uma festa em seu apartamento, ele aceita.
Essa parte do filme, foi a que eu mais me identifiquei, pois Tom vive duas situações ao mesmo momento: A sua expectativa totalmente feita de ilusão e a realidade. Isso é coisa de aquariano, certeza! haha
Ele imagina que ia chegar, ser recebido por um beijo, troca de olhares e carinhos de Summer, mas o que realmente acontece é que ela o trata como um mero amigo, nem dá muita atenção a ele, que em determinado momento da festa, olhando para Summer vê um anel em seu dedo. Sim, ela estava noiva. Tom então vai embora da festa e começa a odiar Summer com todas as suas forças, tudo aquilo que ele mais amava nela vira tudo aquilo que ele mais odiava nela, da noite pro dia. Seu sorriso, o modo como ela o olhava, o jeito que ela mordia os lábios antes de falar, o riso dela...

Afinal, como é que alguém que não queria um namorado, de repente fica noiva?
E se você pensou que Summer ia acabar com o noivado e voltar com ele, está muito enganado(a). Tom então, resolve esquecê-la, ou pelo menos tentar esquecê-la. Vai em busca de um novo emprego, como arquiteto.

Quando ele vai ao seu lugar favorito na cidade, de onde pode ver vários prédios e dois estacionamentos, a parte que eles menos gosta, de repente ouve uma voz. "Tom!". Sim, era Summer... Tom a questiona do por que dessa mudança da noite pro dia "Agora você está casada e não queria me namorar..." e ela diz que apenas acordou um dia e sabia que era o que queria. Ele parece já estar mais conformado, pois não age com muito desespero, se despede de Summer e só fica olhando a suposta garota dos seus sonhos indo embora.

Quando ele vai à entrevista de emprego que havia marcado, num escritório de arquitetura, ele se encontra com uma mulher, que aparentemente era sua concorrente neste emprego. Deseja então que ela não consiga o emprego e ela também deseja isso para ele. 
Tom é chamado para a sala da entrevista, se levanta e sua consciência diz a ele que precisa fazer algo, podia ser o destino atuando denovo! Ele pede um minuto, volta e cumprimenta a mulher, seu nome é Autumn (Summer e Autumn, uma brincadeira do autor, que veio bem a calhar) ele a chama pra sair, depois da entrevista. Ela diz que já ia ver alguém, ele se despede e sai. Ela o chama então e diz que gostaria muito de ir, por que não?
E assim sua vida muda de novo, pelo menos é o que parece que ia acontecer.

OS SPOILERS ACABARAM NO PARÁGRAFO DE CIMA, SINTA-SE A VONTADE PARA LER A PARTIR DAQUI!

Cada um pode ver o filme de uma maneira diferente, é assim que deve ser, mas a grande lição, ou moral, que eu posso ver dessa história, e é algo que o meu irmão já me disse várias vezes, é que se algo não deu certo, quer dizer que há algo melhor à sua espera. Portanto, se você acredita em destino, confie no seu! Nada acontece por acaso!


Bom, peço perdão pela redação, mas é que realmente o filme me fez ver algumas coisas de outra maneira e mudanças acontecerão na minha vida, tenho certeza disso, eu espero que o mesmo aconteça com outras pessoas.

Um abraço e até a próxima postagem :D